A partir de entrevistas realizadas com promotores públicos da capital e do interior do Estado de São Paulo que ingressaram com ações contra o poder público em defesa dos direitos das crianças e adolescentes, Cátia Aida Silva discute as formas de atuação dos promotores, analisando sua auto-imagem e as ambigüidades que demonstram em relação ao papel do Ministério Público na sociedade brasileira atual. O histórico da atuação do MP nos últimos anos, a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente e a relação dos promotores com os movimentos organizados da sociedade compõem os capítulos iniciais e permitem compreender de forma mais abrangente as questões analisadas nos capítulos finais. Trata-se de contribuição evidente para o debate sobre a atuação da justiça no país.