A autora conduz o leitor a um mundo velado, em que é impossível ficar passivo, sem questioná-lo. De forma corajosa, simples e objetiva, deixa transbordar suas memórias, que inundam de verdade o árido terreno de uma macro instituição psiquiátrica. Aqui estão, sem meias palavras: o poder escravizante da loucura, cuja manutenção é proporcionada por estas instituições, a marginalização do doente mental na sociedade, a perda da individualidade e a linha frágil entre o sadio e o doente.