Em 1997, Elisa Bracher abriu seu ateliê de arte de arte e marcenaria em São Paulo para receber crianças moradoras das favelas próximas. No seu desejo de fazer contato com uma cultura apartada da sua, confrontou-se com um mundo desconhecido, carregado de potência e profundamente desatendido. Em Desalojados, ela refaz o percurso tentativo que leva, nas duas décadas seguintes, ao desenvolvimento de um modelo próprio de educação e acolhimento, baseado no fazer como forma alternativa de abordar o conhecimento e na escuta de qualidade. Cobrindo o período que termina com a criação, em 2017, do Ateliescola Acaia, escola gratuita de educação infantil e ensino fundamental, costura histórias emblemáticas, apresenta parceiros fundamentais e conclui: para entender uma população cronicamente desalojada, é preciso desalojar-se do conforto das perspectivas arraigadas, o ensino abre a série Cadernos Acaia, que reflete sobre fundamentos do trabalho socioeducativo da escola e do Instituto Acaia.