Num tempo de comunicação generalizada, com novas ferramentas de informação que surgem no cenário tecnológico (para ser ultrapassadas logo em seguida), as empresas têm grandes oportunidades para disseminar seus valores e difundir seus pontos de vista. No entanto, também passam a ser muito maiores os riscos de crise na imagem corporativa, que hoje não é mais considerada como um simples adendo ao negócio principal. Muitas vezes a marca tem um valor muito maior do que todas as operações, o que significa que arranhões na reputação têm uma consequência financeira imediata. Mas, como lidar com esta nova realidade, aparentemente tão difícil? A primeira coisa que um executivo ou empresário deve saber é que o conhecimento do funcionamento do mundo da comunicação é um requisito essencial para a gestão moderna. E nada melhor do que aprender com a ajuda de um dos maiores jornalistas do rádio e da televisão contemporâneos: Heródoto Barbeiro. Ele acaba de lançar pela Editora Globo o livro Crise e comunicação corporativa, que faz parte de uma série que apresenta textos dos principais comentaristas da rádio de notícias CBN. A posição de Heródoto para falar sobre a arte de criar um padrão de excelência em comunicação para as empresas é privilegiada. Após décadas de militância no jornalismo diário, ele é capaz como poucos de dizer o que a imprensa e a sociedade esperam das corporações. E de fato esperam cada vez mais, já que as questões sociais e ambientais já não podem ser resolvidas apenas pela vontade dos Estados que se tornaram lentos e ineficientes frente à globalização dos capitais e ao dinamismo das empresas capitalistas privadas. O autor conhece muito bem os meandros da comunicação corporativa, mas também o "lado de lá", a forma de raciocínio dos jornalistas e o funcionamento técnico dos veículos. E não adianta reclamar: como reconhece (e brinca) Heródoto, na imprensa as más notícias só são intercaladas com as ruins. Os gestores de empresas de qualquer porte vão cedo ou tarde se deparar com situações nas quais uma estratégia de comunicação eficiente pode representar a diferença entre um desastre de imagens e ganhos de reputação. E não adianta nessa hora achar que assistir à televisão, ouvir rádio ou ler jornais é o suficiente para entender sobre o funcionamento da mídia. É preciso mais... conhecer, estudar, se aprofundar. É preciso, enfim, ler Heródoto Barbeiro.