Ao morrer, em 1968, John Steinbeck - último de uma geração de escritores americanos que incluiu F. Scott Fitzgerald e Gertrude Stein - era possivelmente o autor mais popular do mundo, embora sua reputação entre os críticos não estivesse garantida. O Prêmio Nobel de Literatura, concedido em 1964, nada fez para apaziguar seus detratores, mas Steinbeck jamais perdeu a legião de admiradores que ainda hoje fazem de seus livros sucesso em todo o mundo. A vida de JOHN STEINBECK, como é contada por Jay Parini nesta magnífica biografia, é digna da própria ficção de Steinbeck. Nascido em uma pequena cidade ao norte da Califórnia em 1902, sua carreira reflete os altos e baixos deste século tumultuado. Desde o início, ele recusou qualquer tipo de enquadramento. Prosseguiu em seu próprio caminho, cavando valas ou lavando pratos quando jovem, ao mesmo tempo em que freqüentava a Universidade de Stanford, onde não conseguiu se formar - bebia demais e lia os livros errados. Lutou durante mais de uma década para se estabelecer como escritor, sempre pondo sua obra em primeiro lugar, embora os críticos da época o considerassem um sentimental.