A população soube da morte de Vargas no dia 24 de agosto de 1954, por meio do rádio. Os jornais matutinos ainda traziam informações do perdido de licença do presidente, e a televisão era um artigo caro. Por se destacar pela capacidade de informar com rapidez, o rádio participou ativamente da crise política que teve como desfecho o suicídio de Getúlio. Este livro investiga como foi a cobertura radiofônica da crise político-militar que atingiu o Brasil na primeira metade da década de 1950. Seu objetivo é refletir sobre o papel social do rádio num período em que o veículo tinha a hegemonia entre os meios de comunicação, em termos de audiência e abrangência geográfica.