Neste livro, o autor mobiliza, entre outros, saberes próprios da sociologia da cultura, crítica literária, história das idéias, história da filosofia e história política, para apreender o nexo cultural e social, ou melhor, a experiência intelectual responsável pelo moderno renascimento da dialética. A partir de um acompanhamento da vida intelectual que se estende do fim da Idade Média aos nossos dias, de Montaigne a Heidegger, Arantes – além de situar melhor os pouco compreendidos papel e lugar social dos intelectuais – esboça, por meio de uma comparação entre vários gêneros da dialética, um sistema de diversas modalidades de vias “retardatárias” da modernização capitalista. Não se trata apenas de um mapeamento da vida intelectual francesa, alemã e italiana. Avança-se, a passos largos, na própria compreensão das particularidades do capitalismo.