Este livro apresenta alguns temas centrais na história das línguas europeias do fim do século XV ao fim do século XVIII. A escolha da Revolução Francesa como o momento para terminar nossa história implica que, na língua, como no governo, um antigo regime foi substituído por um novo após 1789. Desse momento em diante, os governos da Europa e outros lugares se tornaram cada vez mais preocupados com a língua cotidiana das pessoas comuns. A questão é que a língua ao mesmo tempo expressa e ajuda a criar comunidades nacionais, e pode-se dizer que ela foi 'nacionalizada' nessa época ou que se tornou um instrumento de 'culto da nação'. Daí em diante, passa a ser mais apropriado falar de 'políticas linguísticas' conscientes.Peter Burke investiga alguns dos temas centrais na história das línguas europeias desde a invenção de Gutenberg até a Revolução Francesa. Explora as relações entre língua e comunidades do continente e em outras regiões nas quais estes idiomas eram falados, abarcando o emaranhamento com a política e trabalhando a linguagem como um indicador sensível da mudança cultural. Ao construir uma “história cultural da língua”, destaca suas funções sociais, levando a uma discussão sobre seu exercício na expressão ou construção de uma variedade de relacionamentos sociais, incluindo dominância e subordinação, amizade e fraternidade, tolerância e preconceito, a manutenção e a subversão de uma ordem social, e assim por diante.