O livro destaca a reconstituição histórica e estética do processo da arte político-religiosa no Brasil, de 1970 aos dias atuais. O período marca o nascimento, a expansão, o recuo e a sobrevivência da Teologia da Libertação, e junto com o discurso que brota dessa reflexão, nasceu uma produção iconográfica própria e que escapa daqueles modelos consagrados pela Teologia Tradicional. O negro, o índio, o retirante nordestino, a mulher marginalizada emprestam seus rostos à Virgem Maria e a Jesus Cristo, a fim de reafirmar o nascimento de um homem novo que surge dos escombros da colonização e da dependência política e econômica que marcaram a América Latina. As figuras, os desenhos, os cartazes, as expressões corporais transformaram-se em documentos que essa Teologia produziu ao longo das décadas e que são abordados. [...]