"O livro Adolescentes, o doping intelectual e o acesso ao ensino superior faz uma importante discussão sobre um fenômeno contemporâneo, o doping intelectual, também chamado de aprimoramento cognitivo farmacológico. O doping intelectual refere-se ao uso de tecnologias neurocientíficas para monitoramento e manipulação das funções cerebrais, por exemplo, usar remédios para melhorar o funcionamento do cérebro e aprimorar o desempenho cognitivo. O interesse por estimulantes cognitivos surgiu no início dos anos 1990, com uma espécie de obsessão pública por produtos que pudessem aumentar artificialmente a inteligência, proporcionando um cérebro potente, que pensasse rápido, lembrasse mais depressa das coisas e com isso garantisse algumas vantagens competitivas. Um dos medicamentos mais utilizados no Brasil com essa finalidade é o Cloridrato de Metilfenidato, comercializado com o nome de Ritalina ou Concerta. Ele tem sido utilizado por estudantes universitários, empresários e (...)