Objeto de rituais públicos na antiguidade, porém tratado com enorme discrição no Ocidente patriarcal, pelo menos na cultura oficial, o pênis nunca deixou de ser obsessão para muita gente, homens e mulheres, homo, hetero e bissexuais. É nesse universo que mergulhou Ms. Paley. Mais de um ano de trabalho consistente incluiu entrevistas (entre outros, com transexuais nos dois sentidos, michês ou simples curtidores/as de um pênis), leitura de materiais tão diversos quanto estudos acadêmicos e catálogos de sex shop, busca por sites e clubes como o dos pênis pequenos ou o dos pesquisadores (empíricos...) de técnicas de masturbação, visita a shows de striptease masculino e à cerimônia hindu do falo, ou ao urologista que supostamente é dono do pênis de Napoleão. O livro que resultou é um híbrido desinibido entre jornalismo investigativo, crônica histórica, antropológica, fisiológica e cultural, e muita diversão e informação multifacetada.