Era uma vez um escritor sem inspiração. Foi buscá-la no assobio do vento, no flerte das estrelas e num sol acanhado, em vão. Só a encontrou na jovem de sorriso aberto, olhos brilhantes e pele macia. Fixo em sua escrita, o escritor para ela tudo pedia. E a jovem, generosa, tudo emprestava. Tratando da criação como quem fala do amor, Luciana Savaget costura - através das colagens de Andrea Abert - uma deliciosa metáfora sobre a generosidade que renova nosso olhar... E sobre o egoísmo que nos cega.