Além de refletir muito sobre cinema, música, literatura, em O Homem azul do deserto a autora transita e nos conta de vários brasis, sempre ligados pela diáspora brasileira, revelando o belo contido nessas histórias, sem nunca deixar de falar também do absurdo que envolve a vida da população negra no país. Desde os casos mais extremos, como os assassinatos de Cláudia da Silva Ferreira e Marielle Franco, até a situação em que um mediador tenta roubar a cena de uma escritora negra em uma mesa literária. No livro de Cidinha o racismo estrutural, assim como o machismo, apresentados da maneira que for, não têm um minuto de sossego.