Luíza adorava ouvir a conversa dos outros. Não porque fosse xereta. Ela se interessava pelas palavras usadas nas conversas. Queria aprender outros vocábulos, mas as pessoas não diziam coisa com coisa. Substituíam quase tudo pela palavra ''coisa'': coisa pra lá, coisa pra cá, como andam as coisas, coisa e tal... Isso causou uma irritação tão grande na menina, que a convivência familiar tornou--se insuportável. Levada ao Doutor Neurão, a situação piorou, porque o uso da palavra ''coisa'' se intensificou. Pensando melhor, Luíza acabou encontrando uma ótima saída.