Este livro chama a atenção para os paradoxos que atravessam o vasto campo de atuação anti-racista em suas vertentes universalista e diferencialista. Ao contrário do que tem se tornado lugar comum em debates recentes sobre as políticas de ação afirmativa, não se trata simplesmente de decidir se "o modelo americano" com sua ênfase na noção de "raça" é apropriado ou não ao Brasil. Mais do que isso, é preciso visualizar o embate interno entre as correntes do anti-racismo internacional, aprender com ele e a partir daí inventar novos caminhos para se enfrentar o racismo, reconhecido hoje já por muitos como um dos problemas que mais aflige uma parte considerável da população brasileira.