O homem é realmente livre? Há algo como um destino coercitivo ou todas as possibilidades da existência lhe estão abertas? Por que certos padrões de comportamento se reproduzem geração após geração, como se os filhos estivessem destinados a repetir o destino dos pais? Quais instâncias dirigem a escolha no amor, na amizade, na profissão e até em determinada forma de doença ou tipo de morte?O livro que o leitor tem em mãos pretende responder a essas e outras perguntas, com uma abordagem teórica bastante singular. O psiquiatra húngaro L. Szondi, depois de analisar a árvore genealógica de centenas de pacientes, chegou à conclusão de que havia no psiquismo humano mais um vetor a exercer pressão sobre o homem: a pretensão dos ancestrais. No desenvolvimento de sua teoria, ele postula que, ao lado do inconsciente pessoal, presente na teoria de Freud, e do inconsciente coletivo junguiano, haveria uma terceira qualidade (não camada) do inconsciente, a saber, o inconsciente familiar. Dito dessa forma, a teoria pode parecer despropositada, mas tanto a experiência empírica quanto o relato da gênese da teoria aqui apresentada dão testemunho de que a hipótese é bastante plausível.Este volume é constituído por duas obras independentes: Introdução à Psicologia do Destino é uma série de conferências e ensaios que dão um panorama da Análise do Destino, a escola de psicologia profunda fundada por Szondi; inédita em língua portuguesa, Análise de Casamentos apresenta a gênese da teoria destinoanalítica e os fundamentos sobre os quais se erigiu todo o edifício szondiano.