Palermo tem um significado especial para Maria. Foi neste elegante e charmoso bairro de Buenos Aires que ela viveu uma paixão inesquecível. A figura do artista, tocador de bandoneón, moreno de cabelos negros encaracolados e olhos verdes, fascinou a brasileira. Mas ele era casado. Vinte anos depois, já uma mulher madura, ela resolve retornar a Palermo para reencontrá-lo. mpreende uma busca não só pelo homem que tantos anos antes a havia despertado para um grande amor, mas pela pessoa que decide ser a partir do contato com as seqüelas que a repressão da ditadura provocou na vida de tantos argentinos. Os caminhos que ela deve percorrer para alcançá-lo apresentam ao leitor o amargo período das ditaduras militares sul-americanas. Luzilá Gonçalves Ferreira descreve vivamente as cores, características e hábitos de Buenos Aires à medida que revela as impressões de Maria. E em “Voltar a Palermo” constrói uma história de amor capaz de atravessar o tempo e superar limites políticos e geográficos.