Desenvolve em círculos concêntricos a movimentação sinfônica de uma nação inteira em suas várias camadas, ressaltando o fatum que leva o princípio da força, da realeza despótica, aos seus fins inexoráveis, à negação de tudo o que possa opor-se ao eu sou a vontade de Deus sobre a terra, ao único arbítrio, ao único eu, cabível na lógica do sistema: eu, rei... Da inevitável reação a esse shakespeariano (talvez malgré lui) rei-monstro, sobretudo de um povo cuja existência já decorre sob o signo do nós, os iguais ante o Senhor único, resulta o conflito dramático entre a força e a justiça, visto em sua indumentária social e ideológica: a rivalidade entre Ianai, o monarca e sumo-sacerdote, e Simão bem-Schetach, o cabeça do Sinédrio.