Mais do que por razões de ordem utilitária, por imperativos de mercado, por razões democrático-funcionais ou pelo poder auto-replicante das ideias, a liberdade de consciência, pensamento e expressão deve justificar-se a partir e por causa da especial dignidade da pessoa humana, enquanto centro espiritual e moral autónomo de produção de sentido e cultura. Em 2008, ano em que se celebram os quatrocentos anos do nascimento de John Milton, o princípio do livre exame dos textos e das ideias mantém toda a sua actualidade e pertinência. Por isso se saúda vivamente a iniciativa da publicação da obra Areopagitica entre nós.