A imprensa periódica no Brasil existe há quase duzentos anos e sua trajetória acompanha e influencia a vida pública do país. Este livro percorre um século XIX ampliado, que começa em 1808 e se estende até princípios do século XX, com ênfase na década de 1820, que assistiu aos primeiros passos dos veículos impressos. Os autores destacam o surgimento da opinião pública, os principais jornais, bem como suas formas de circulação, recepção e os pontos de contato com a literatura e com a história da imagem (caricatura e fotojornalismo). Tratam, ainda, da formação do público, inclusive feminino, da relação entre redatores e escritores no século XIX e da ligação da imprensa com diferentes comércios e poderes. O teor dos anúncios publicados no jornais, as posições políticas em que militavam face ao problema da escravidão, a descrição da dinâmica social dos locais de venda e a eclosão dos primeiros movimentos reivindicatórios dos trabalhadores manuais das gráficas constituem, em resumo, o conjunto dos temas abordados nesta obra.