Arte, vida e êxtase movem a "Bliss", revista híbrida que mostra o corpo da novíssima geração da poesia brasileira. Seguindo a herança da mítica "Navilouca" - marco da contracultura dos anos 70" a "Bliss" elege uma poesia sem fronteiras. Uma poesia que circula por diferentes cenários, que se alimenta da cultura pop e se infiltra no meio acadêmico (e vice-versa). Explorando diversas poéticas ligadas ao êxtase, esta nova revista de poesia pretende, numa edição única, lançar luz sobre as questões e inquietações contemporâneas. Textos, imagens, fotografias, quadrinhos e ensaios guiam o leitor pelo êxtase místico (no texto sobre Hilda Hilst), ao êxtase da expansão da consciência (na irônica "Canção de Amor do Traficante de Marijuana", de Leopoldo Maria Panero) até o corporal (nos poemas de Arnaldo Antunes e Glauco Mattoso). O experimentalismo dos anos 70 até hoje é um dos temas da entrevista com Ítalo Moriconi, que fala também sobre os caminhos da poesia marginal e os cenários político e poético da atualidade. Já Adriana Calcanhotto fala da sua sinestesia artística e brinca com o parangolé - asa delta para o êxtase" num ensaio fotográfico inspirado em Oiticica.