A inquietação e atopia são duas marcas distintivas decisivas do texto que se tem em mãos. Experimental, sem lugar pré-definido entre os compartimentos estáveis e estanques que a produção acadêmica quase sempre cria para si, Geo-grafias da comunidade: investigações a partir do excesso da vida e a margem da multidão, é um livro ensaístico que desafia o leitor ao retirar dele o chão firme, o território seguro de referências conhecidas e tranquilizadoras. Ao instigá-lo a percorrer um novo local e a produzir novos mapas (outras formas de inscrição e leitura), o livro e seu autor propõem o risco e também o prazer de encontrar outras formas de pensar e de viver.