Já na primeira parte deste livro, Betânia Figueiredo nos adverte que o provérbio popular “de louco e médico todo mundo tem um pouco” é adequado para a história que quer nos relatar, a das transformações da arte de curar no tempo e no espaço das Minas Gerais do século XIX. Um tempo marcado pela introdução da medicina acadêmica científica como parâmetro moderno da prática médica, dirigida a uma sociedade que, até então, acolhia uma pluralidade de modos de intervenção sobre o corpo doente e que, dessa maneira, podia fazer com que estes convivessem com uma pluralidade de legitimações que conectava entre si. Seguir este processo e suas tensões é o objetivo declarado deste livro.