Para refletir sobre as narrativas detetivescas contemporâneas brasileiras, Marta Rodriguez inicia seus pensamentos com a metáfora do labirinto. Traçando um caminho e percorrendo-o com o leitor, ela nos mostra as relações entre os clássicos romances de enigma e a produção contemporânea. Ao retomar obras marcantes para a consolidação do gênero de Edgar Allan Poe a Raymond Chandler, a autora mostra como essas narrativas ainda influenciam a literatura brasileira contemporânea. Explora, para isso, o caráter intertextual presente nas obras de Luiz Alfredo Garcia-Roza, Luiz Fernando Veríssimo e Flávio Carneiro e os elos com a tradição detetivesca, sobretudo na profunda relação dialógica que esses textos estabelecem com a obra do dito fundador do gênero, Poe. Ainda que percorramos um labirinto, Marta Rodriguez leva-nos de maneira leve e fluida a considerar como a origem do gênero ainda marca e inspira tantos autores, pois, ao unir o presente ao passado, é possível revigorar narrativas [...]