Rua Fuzhou, Xangai é um tributo de amor a uma civilização muito sujeita a suscitar emoções contraditórias. Como toda potência imperial -, segundo alguns, medularmente hegemônica – certo é que ninguém fica indiferente à China. Carmen Lícia Palazzo não foi exceção a essa regra de aplicação universal. Viajante de ofício desde a juventude, chegou ao Império do Meio tão desarmada quanto pode chegar uma ocidental investida, ainda que indiretamente da missão de observar, aprender para, mais adiante, traduzir seus sentimentos num livro como este que temos o prazer de publicar. A China para esta fina observadora de pessoas e costumes é, sobretudo, o país do povo, das ruas, dos aromas e das vozes que a acompanharam a muitas cidades, evitando sempre que possível aviões e roteiros oficiais. São inúmeros os episódios que retratam essa abertura para o aprendizado e para o dar e receber indispensáveis a experiência real.