Longe da simplificação rasteira, as personagens de ‘Pessoas Perfeitas’ sussurram, imperativas, à microrrevolução de sua interioridade afetiva para a observação da nossa vida. Parecem significar cada vez mais a nós mesmos, na medida em que são enganadas entre si, enredadas na dramaturgia da própria performance. Trata-se de pessoas comuns e extraordinárias: não é fácil escrever figuras tão perto da realidade de nossas vidas sem cair num dramalhão de insignificância cênica. ‘Pessoas Perfeitas’ já é um marco na nossa dramaturgia. Maurício Paroni de Castro