Toda utopia é um produto histórico, válvula de escape para frustrações, deficiências e angústias. Cocanha, por exemplo, é uma terra imaginária onde há fartura, ociosidade, juventude e liberdade. Por corresponder a profundos anseios coletivos, essa lenda não se restringiu à França medieval, onde surgiu. Em vez disso, enraizou-se no imaginário de diversos povos ao longo dos séculos. Neste livro, o leitor encontrará as diversas versões da lenda incluindo a de São Saruê, a Cocanha brasileira. Sumário Apresentação O fabliau francês O poema inglês O país dos tolos alemão Bengode, paródia italiana da Coconha O país da Cocanha holandês A Nau dos Loucos Panigon, rei da Cocanha O País dos Preguiçosos, paródia alemã da Cocanha A terra da preguiça e da gula, paródia holandesa da Cocanha Jauja, paródia espanhola da Cocanha O país da Cocanha de Baltens O país da Cocanha de Bruegel O reino de Panigon o reino de Panigon, gravura Uma viagem italiana à Cocanha A canção espanhola de Chacona O país da Cocanha de Remondini A Cocanha das mulheres A Nova Cocanha São Saruê, a Cocanha brasileira