A vida no bairro, onde Quixote, um cão de raça, morava com o seu dono, um menino chamado Miguelito era calma e alegre. Até o dia em que apareceu em frente a janela da casa onde moravam e onde Quixote todos os dias esperava seu dono voltar da escola, uma cadelinha vira-latas, em estado de penúria. Esta cena mudou a vida de Quixote, que entrou em depressão e adoeceu. Miguelito, muito preocupado passou a a observá-lo, mas nem de longe imaginava o motivo do seu comportamento. Certo dia porém, o menino também viu a vira-latas passar em frente ao portão chamou-a mas ela fugiu em disparada. Quixote ficou em pânico e Miguelito finalmente descobriu o motivo que o afligia. Contou-lhe então, sobre a vida de São Francisco de Assis, um santo muito poderoso, protetor dos animais e da natureza. Sugeriu-lhe que fizesse uma prece a Ele para que protegesse a vira-latas perdida na rua. Quixote assim o fez e voltou a ser um cão alegre e companheiro. Num domingo ensolarado, quando os dois passeavam felizes pelas ruas do bairro, encontraram a Sissa, uma amiga que Miguelito não via há alguns dias. Ela vinha acompanhada com uma cachorrinha de médio porte, belo exemplar, de pelos sedosos, fitinhas nas orelhas,de vestido xadrez com babados. Um encanto! Para Miguelito foi um espanto, pois até onde sabia Sissa não possuía nenhum cãozinho. Ela então lhe contou que encontrou Dulcinha,assim a batizara, desmaiada em frente a porta de sua casa e que seus pais deixaram-na adotá-la. Nestas alturas Quixote não se continha de contentamento, pois graças à sua prece ao Santo Francisco de Assis e a bondade dos homens que devotam amor e respeito aos animais e à natureza a história de Dulcinha teve um final feliz com direito a convite para a festa de seu casamento com Quixote.