Phillipe Sakai (1987) me foi apresentado pelo nosso amigo em comum, Thiago Hansen, como alguém que eu precisava conhecer. Bastaram duas palavras para entendermos a proximidade de nossos projetos artísticos e políticos (há diferença?) e começamos de imediato a publicar juntos semanalmente na Hecatombe Edições. Na coluna política QuintasHeca, possibilitadas pelo trabalho primoroso de nossa editora Débora Ribeiro, produzimos poesias e imagens de urgência sobre os acontecimentos abjetos em nosso país. Imagens e textos se juntam em sentido como ideogramas chineses não podem ser pensados em separado, pois os desenhos não são meros apêndices decorativos do texto. O significado é criado no espaço entre. Em seus poemas, Phil trava as línguas dos leitores, como o país que tropeça em seus descaminhos, evoca imagens e imaginários, varia tecnicamente em estilos e recursos poéticos, usando eu-líricos improváveis, demonstrando sem exibicionismo grande erudição. A justaposição dessas (...)