Poucas obras foram tão reeditadas e lidas ao longo do século XVIII como os Diálogos sobre a pluralidade dos mundos. Embora editado pela primeira vez no final do século XVII, em 1686, o texto de Fontenelle causou enorme impacto no século seguinte. Seu tema é a discussão sobre a possibilidade de os diferentes planetas e corpos celestes serem habitados ou não. O interlocutor de Fontenelle é uma marquesa "que nunca ouvira falar de tais assuntos". Longe de ser um entretenimento guiado pela imaginação, esse texto é a expressão mais acabada da nova mentalidade que irá caracterizar o Século das Luzes, onde estão claramente circunscritos os campos da experiência, da imaginação e da razão.