Conheço o autor há muito tempo. Não fosse ele meu pai há 20 anos. As piadas sempre lhe foram inatas e sempre fizeram parte da nossa relação, especialmente as piadas secas. O meu pai é super talentoso, disso não há dúvidas, desde ter-se autoensinado a tocar guitarra até a escrever textos com uma destreza impressionante. Mas nunca pensei que a sua maior paixão algum dia pudesse ser a poesia. Um dia estávamos os dois na sala de espera de um serviço de saúde e, em modo de brincadeira, desafiei-o a fazer um poema tendo como base a palavra gaivotas. E, em três meses, este senhor tinha escrito, ilustrado e paginado um livro. Fiquei tão impressionada e orgulhosa ao mesmo tempo. Apesar de tudo isto, vou ser sincera, sempre gostei do início dos poemas, especialmente aqueles que eram contemplativos. Mas porque é que todos têm que acabar com algum tipo de humor de casa de banho? Porquê? Os poemas estavam tão bonitos nas suas palavras e forma. Mas, mesmo não sendo este o meu sentido de (...)