Foram dez anos escrevendo artigos sobre a aplicação da Análise Econômica do Direito a diversos campos do Direito para os principais jornais do pais, sobretudo para o Valor Econômico e O Estado de São Paulo, a quem agradeço esses anos de espaço para divulgação de minhas ideias. Foram artigos sobre o tamanho de nossa Constituição e necessidade de sua reforma; o mercado de advocacia e sua regulação; os diversos prêmios Nobel de Economia com impacto no Direito; crises econômicas e seu reflexo em institutos jurídicos como o contrato; os custos do procedimento arbitral; entre tantos outros. Artigos de jornal não seguem o rigor das normas da ABNT; sua preocupação maior foi com a compreensão do leitor dos argumentos trazidos. Eles também refletem o momento, a fotografia. Servem, portanto, de registro histórico e talvez como testemunho de que certos problemas no Brasil se repetem. Seguimos discutindo as mesmas coisas sem enfrentar a solução de nossos problemas. Crises econômicas nos assolam. Elas trazem consequências jurídicas para empresas, governos e indivíduos. O crime só aumenta e juristas criminalistas seguem reproduzindo discursos com naftalina, sem agregar dados ou pesquisas empíricas na sua forma de pensar. A forma de encarar problemas jurídicos também segue fundamentalmente dogmática e dentro de caixas conceituais desenvolvidas no século XIX. Nossa profissão segue sendo vista e regulada como no passado distante enquanto o mundo se globaliza e robôs passam a ter inteligência artificial.