karla sabah é quem que se pode chamar de artista. adjetivos como versátil, polivalente e multimídia seriam pleonasmo. karla é atriz, canta, dança e sapateia, escreve, dirige, filma e edita. last but not least, é uma presença constante nos melhores eventos e saraus do rio de janeiro, falando, cantando e performatizando seus poemas. rainha de sabah, este seu primeiro livro-solo, é o resultado da vitória de karla no II concurso carioca de poesia. um livro com influências do humor característico da poesia marginal dos 70 e da sexualidade assumida & escancarada do pornopoema dos anos 80, da mpb e da música pop, movimentos culturais que fizeram e fazem parte de sua vivência pessoal. a autora, que em 2006 já havia sido finalista no I concurso carioca de poesia, participou da coletânea com os outros quarenta autores finalistas, do jornal folha da poesia e da agenda da tribo 2009, deixa evidente aqui que em poesia também sabe fazer de tudo: poemas para dizer em cena e poemas para serem lidos em silêncio & solidão, poemas com ou sem rima, epigramas, haicais (até mesmo um guilhermino), poesia experimental, letra de música, poema concreto, semiótico e nanotexto. intertextos, poemas metalinguísticos, homenagens (aos amigos poetas, aos grupos de poesia-viva madame kaos, ratos di-versos e trio los três), citações (a pagu, clarice lispector, cecília meireles, vinicius, leminski) e outras fontes de inspiração. poemas com temática social, neo-românticos, eróticos, líricos, confessionais. múltiplas linguagens (hq, cinema, internet), lançando mão de anglicismos, galicismos, neologismos, aliterações, todos os tipos de jeux de mots, tudo bem no estilo anárquico & contemporâneo, comme il faut.além de militante do movimento de poesia falada, recentemente karla foi mestre de cerimônia, junto com tavinho paes, do evento kineclubb, no canequinho café, casa de espetáculos anexo do canecão - um dos templos da música no brasil.karla sabah estreia com tudo na poesia, botando pra quebrar. sem pudor & sem pecado.