Este livro é marcado pelo niilismo acentuado como "pedra de toque", retratando a fluência irregular de uma vida transformada por acontecimentos marcantes e opostos, tendo de um lado um amor que brota em circunstâncias inusitadas, e de outro a brutalidade mortal da mão de ferro de uma ditadura militar. A conduta do personagem que narra a própria história deixa um travo amargo na boca, fazendo com que o leitor encontre a representação do ser humano que, diante da vida que o arrasta em um turbilhão desenfreado, muitas vezes apenas se deixa levar, sem iniciativas, ou sequer desejo de resistência. "(...) ‘Essa rua parece a minha vida’, pensei. Números desconexos, desencontros, idas e vindas. Cinzenta, poluída, inerte. Só que, ao contrário da rua, no fim da minha vida não haveria, de jeito nenhum, uma praça com árvores frondosas. (...)" "(...) Apenas deixara que tudo seguisse seu curso, deixando-me levar como uma folha morta de árvore que segue inerte pela correnteza de um rio qualquer, sem saber ao menos onde o rio vai desaguar. (...)" Este livro é marcado pelo niilismo acentuado como "pedra de toque", retratando a fluência irregular de uma vida transformada por acontecimentos marcantes e opostos, tendo de um lado um amor que brota em circunstâncias inusitadas, e de outro a brutalidade mortal da mão de ferro de uma ditadura militar. A conduta do personagem que narra a própria história deixa um travo amargo na boca, fazendo com que o leitor encontre a representação do ser humano que, diante da vida que o arrasta em um turbilhão desenfreado, muitas vezes apenas se deixa levar, sem iniciativas, ou sequer desejo de resistência.