As convulsões e os distúrbios do sistema financeiro e monetário global estão intrinsecamente ligados à evolução das relações económicas internacionais, pelo que a situação de crise económica global que vivemos não constitui uma característica exclusiva da economia dos nossos dias, mas, embora com especificidades e impactos diferentes, já pode ser testemunhada nos séculos XVII, XVIII ou, com particular intensidade, nas primeiras décadas do século XX.No entanto, as dinâmicas do actual processo de globalização são consideravelmente poderosas no processo de (des)integração das economias, o que induz a repensar a configuração do sistema capitalista mundial, de modo a torná-lo menos susceptível à ocorrência e aos impactos desestabilizadores das crises financeiras. Neste contexto, a obra agora publicada levanta um conjunto de questões relacionadas com a análise das causas e consequências da crise actual e das que a antecederam, e, fundamentalmente, com a concepção das políticas públicas globais que poderão ser implementadas de modo a prevenir novos acontecimentos do mesmo género.