Você é testemunha dos fatos sobre tudo o que vive. Acontece que o que se cria sobre essas histórias é só seu. É possível e provável que fato não seja nem a melhor forma de chamar o que flutua em torno da memória. Vivemos como se a memória fosse um registro. Ela representa o que aconteceu e, assim, molda e monta tudo o que somos. Mas as lembranças, como tudo na vida, mudam, evoluem e se transformam, alterando a realidade. Em o tamanho das coisas, estreia de Olavo Ataíde, visitamos a flexibilidade do tempo sob a perspectiva dos momentos que nos tornam quem somos. A história explora a natureza fluida do que é emocional e racional, sendo cada lembrança uma peça questionável e decisiva. Algo mudaria na sua vida se a cena mais importante de que você se lembra não tivesse acontecido exatamente como você se lembra? O livro conta a história de Inácio e acompanha o que a troca entre a memória e o tempo é capaz de produzir. Um jogo que nas relações familiares, por exemplo, se mantém(...)