Publicado originalmente em 1936, este estudo é, desde então, referência para a análise de organizações sociais, especificamente sobre as relações de parentesco, aspecto considerado como porta de entrada para uma avaliação das sociedades ditas primitivas em sua totalidade. O parentesco é apresentado como o nexo da sociedade tikopia, uma espécie de chave para adentrar o universo das relações sociais, que perpassam espaços domésticos e situações políticas, modelo que permite pensar a conduta da sociedade analisada para além de uma noção estática de estrutura. Os dados concretos, resultantes de um ano de pesquisa junto a essa comunidade na Polinésia, são apresentados de forma a extrair o máximo de rendimento das questões teóricas abordadas. Malinowski comenta o trabalho de Firth no prefácio do livro: "Não tenho dúvida em chamá-lo de modelo de pesquisa antropológica, tanto no que diz respeito à qualidade do trabalho de campo em que se baseia, quanto no tocante à teoria que contém".