As várias configurações familiares do cenário contemporâneo contemplam vínculos para além dos laços de consanguinidade, da sacramentalização do matrimônio, e das juras de amor eterno. Concomitantemente, evidenciamos a reconfiguração das matrizes de sentido com a escola inclusiva; a despatologização de várias doenças/síndromes; novas leis em relação aos casamentos homossexuais e aos transgêneros, a visibilidade da aceitação de homossexuais pelas forças armadas, entre outros fenômenos. Realidade que desvela a dialética das diversidades institucionais em configurações que modificam valores, estilos de vida e normas de comportamento afetivo-sexual em cada sociedade. Os tempos mudaram! E ouso dizer que as mídias - especialmente as mídias virtuais - vêm acelerando o redesenhar dessas configurações. Entretanto, resguardadas as exceções, o grupo familiar ignora as manifestações da sexualidade e os profissionais da educação e da saúde, em geral, encontram dificuldades para esclarecer as dúvidas e curiosidades de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos sobre as novas configurações da feminilidade e masculinidade, os transgêneros, orientação homoerótica e bierótica, sexo virtual, entre tantas outras questões relativas a sexualidade. Os currículos dos cursos universitários estão defasados quanto a essa realidade, não preparando os futuros profissionais para lidar com esses fenômenos.