Se os genocídios precederam, de longuíssima data, o aparecimento do próprio termo, criado por Raphael Lemkin, em 1945, também não cessaram com ele, nem mesmo quando a Convenção da ONU, de 12 de Janeiro de 1951, os pôs no Index. Do hipogeu de Roaix, testemunho do primeiro massacre conhecido, dois milénios antes da nossa era, às vítimas de uma ex-Jugoslávia, hoje exangue, a História nunca deixou de exumar os seus ossários - como o de Katyn - ou as suas monstruosidades - como as cometidas durante a guerra que o exército imperial japonês levou à China. E, quantas vezes, com reticências. Os autores desta obra ergueram um panorama dos massacres, seja temporal, seja espacialmente, tentando salientar os dados cifrados mais realistas e analisar os seus diferentes rostos. Um livro fascinante e imprescindível para se entender melhor o homem, já que a sua face negra é a que permanece mais imutável e universal. JEAN-JACQUES CLEYET--MERLE, conservador do Museu Nacional de Pré-História de Eyzies, tratou a pré-história. ZAKARI DRAMANI-ISSIFOU, doutor em História, tratou o mundo africano. JEAN-PIERRE FICHOU, catedrático em Línguas Vivas Estrangeiras na Universidade de Caen, analisou a sorte dos Peles-Vermelhas nos Estados Unidos. BERNARD FOUQUES, catedrático de Espanhol, na Universidade de Caen, é o autor principal da parte que trata do tráfico negreiro e da escravatura na América. JEAN LABESSE, professor agregado, tratou da Antiguidade. HENRI LAURENS, director adjunto do Centro de História do Islão contemporâneo, da Universidade de Paris-Sorbonne, questionou o Oriente árabe. JEAN-LOUIS MARGOLIN, catedrático de História Contemporânea, na Universidade de Estrasburgo-II, debruçou-se sobre os massacres asiáticos. GUY RICHARD, catedrático na Universidade de Caen, entre 1967 e 1990, tratou da zona europeia, da antiga URSS e das ilhas do Pacífico.