do tempo é como um caminho simples em curso d’água. Adquire curvas, contornos, até chegar em significações e profundidades. Torna-se exuberante em falar sobre as reminiscências subjetivas e existenciais, bem como do gosto, propriamente dito, dos afetos, das escrevivências. Trata-se do traçado de uma poética identitária e da ação de criar e levantar símbolos a partir da memória de lugares reais e imaginários. Micro contextos podem ajudar a gerar a amplitude do olhar, e, talvez, seja essa a presente finalidade dessa narrativa: ressignificar o papel da história no fazer poético, no jogo de palavras. É contar histórias através da poesia e da transmutação do espaço, do tempo. A natureza não é produto do ser humano, ela está viva. É, pois, na simbiose da geografia poética da imaginação que residem as possibilidades. E a possibilidade de ter possibilidades. Narrar a Amazônia então é resistir.