Vidas secas, lançado originalmente em 1938, é o romance em que mestre Graciliano — tão meticuloso que chegava a comparecer à gráfica no momento em que o livro entrava no prelo, para checar se a revisão não haveria interferido em seu texto — alcança o máximo da expressão que vinha buscando em sua prosa. O que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro.