A experiência contemporânea tem mostrado com insistência o caráter violento da socialização capitalista. Em todo o mundo, a concentração de riqueza e de capacidade repressiva impõem sobre a humanidade uma forma de vida destrutiva, pautada pela ameaça constante da privação material. O objetivo deste livro é mapear a origem histórica dessa violência social, baseada na mercadoria, no dinheiro e no Estado. Trata-se de uma investigação sobre as origens da sociedade moderna propriamente dita, empreendida através da análise de processos econômicos e políticos que tiveram lugar no berço do capitalismo: a Inglaterra, entre o final do século XV e o início do século XVII. Sem assumir conhecimento especializado por parte do leitor, e reconhecendo a escassez de material em português sobre o período, o livro adota uma linguagem não técnica, e aposta na compreensão de fenômenos que, devidamente entendidos, lançam luz simultaneamente sobre o passado e o presente.