O período histórico pós-revolução industrial estabeleceu mudanças paradigmáticas profundas nas relações humanas e naturais existentes até aquele momento. Riscos potenciais foram criados, em primeiro momento analisados de forma racionalista, cética, os quais eram demonstrados de forma específica. Os seres humanos e, consequentemente, a sociedade modificam-se a todo instante. Com o início da fase pós-modernista, os instrumentos para a análise dos riscos gerados modifica-se, passando a utilizar-se não apenas a exatidão do cientificismo, mas se soma as variantes sociológicas e humanísticas interligadas. A presente obra demonstra os riscos potenciais gerados na sociedade atual e a premente necessidade humana de desenvolver-se mantendo o difícil equilíbrio com a liberdade e a perpetuação das espécies e dos fatores componentes da sustentabilidade. Para tal demonstração é utilizado o exemplo mais fatídico dos riscos sociais modernos, a barragem de rejeito de minério de ferro, que tenta justificar a própria existência e mitigar a modernidade reflexiva por meio de uma autoafirmação de importância. Entretanto a gestão dos riscos gerados pelos barramentos de rejeitos engloba diversos fatores, como a criação de leis e atos regulamentadores, os quais, no Brasil, não são plenamente eficazes. A gestão plena de risco das barragens de rejeitos é falha, devido anomia normativa, a precariedade fiscalizatória e a influência de fatores externos preponderantes. Demonstra-se inicialmente a mudança de paradigmas causada pela evolução social e econômica no período pós-revolução industrial. Em seguida, é demonstrada a prática pós-modernista, com base na extração do minério de ferro do quadrilátero ferrífero em Minas Gerais e a utilização das barragens no processo de extração e beneficiamento do minério de ferro, assim como a gestão de risco.