A nova teoria da lei natural de John Finnis tornou-se referência indispensável nos debates de liberdade religiosa, por contrapor a crescente onda de secularismo pela qual passam os países ocidentais, que tendem a reduzir a religião ao âmbito privado e a excluí-la do debate público. Trata-se de um laicismo intolerante e antidemocrático, que ignora as relações da religião com a ética, política, ciência e cultura em geral. Para reabilitar, filosoficamente, o bem da religião numa época de preconceito e hostilidade, Finnis avança na metaética e metafísica, defendendo uma concepção abrangente e inclusiva de razão pública, que debate, abertamente, a dignidade humana o bem comum, a justiça e o fim última da comunidade política.