Genética: escolhas que nossos avós não faziam, da bióloga e geneticista brasileira Mayana Zatz - que nos últimos anos participou intensamente tanto das pesquisas de ponta nos laboratórios quanto das discussões mais espinhosas nos fóruns públicos, envolvendo as questões mais importantes da ciência e da ética contemporâneas -, sintetiza seu conhecimento e sua experiência em um pequeno volume destinado tanto ao grande público quanto aos especialistas. Com capítulos curtos em linguagem clara (pois as questões já são complexas o suficiente), o livro oferece ainda duas preciosas ferramentas adicionais: um verdadeiro minidicionário com os principais termos e expressões envolvidos ("Para entender melhor") e uma lista de sites úteis (além de bibliografia especializada). É apresentado por Jorge Forbes, médico psiquiatra, e por Adriana Diaféria, advogada especializada em biotecnologia, acesso a patrimônio genético e biossegurança. Tanto quanto os genes, a ética é parte necessária da genética, parece dizer a própria palavra. Genética: gene e ética. Porque pesquisar os genes é aprender a manipular os genes, e manipular os genes é manipular a matéria da vida. Simples assim. Complicado assim. Em todo caso, inevitável. Pois o conhecimento não é como o famoso gênio da lâmpada, que sempre pode retornar a ela, mas de um modo mais prosaico - e mais real -, uma vez exposto, não há como colocá-lo de volta. A genética e as questões práticas e morais que provoca vieram para ficar. Elas farão parte de nosso dia a dia.