O Brasil tem produzido milhares de crianças e jovens que sobrevivem, como podem, ao massacre da vida cotidiana em contextos de emergências. Embora passem boa parte de suas vidas nos bancos escolares, em busca do sucesso acadêmico e profissional, se veem presas ao enredo macabro da distorção série-idade, oriundo de sucessivos equívocos governamentais na seara das políticas públicas voltadas à educação. Passam a acreditar que o ambiente escolar não é para elas; é quando o tráfico as adota, alcançando-as muito antes de concluírem o Ensino Fundamental e a formação pessoal. São corrompidas, prostituídas e marginalizadas. Se falarmos em quantitativos, trata-se de um verdadeiro genocídio. O ciclo que se instaura passa ainda pelas ruas, hospitais, presídios... Em cada uma dessas fases a Pedagogia Social se faz presente, impactando positivamente suas vidas, pois é com eles e por eles que se trava a luta, resgatando vidas, estabelecendo pactos e instaurando poder, em busca de dias melhores.