Este livro é uma reflexão sobre o Cristianismo histórico, a partir da crítica formulada por Richard Dawkins na obra Deus, um delírio. "Dialogando" com Dawkins , Sperandio argumenta sobre os equívocos que resultam da interpretação simbólica das Escrituras: se a Criação, o Paraiso e Adão são mitos da infância da humanidade, então, de fato, a Cruz do Novo Testamento nada mais é que uma "punição indireta pelo pecado simbólico de um individuo inexistente". O autor argumenta que, se por um lado, a liberalidade da interpretação simbólica inviabiliza a compreensão bíblica como um todo, por outro, a interpretação literal tem- se mostrado tímida demais, diante das diversidades descritas dos capítulos iniciais do Gênesis. Sperandio defende o emprego da linguagem conceitual na leitura das primeiras narrativas bíblicas.