Como frequentemente acontece com os grandes romances, A pele fria é uma obra difícil de explicar, embora já nas primeiras linhas o leitor se sinta arrastado a um mundo surpreendente, no qual, assim como o protagonista, ele deverá enfrentar o mais estranho e combativo rival que se possa imaginar. A pele fria é um romance apaixonante, repleto de intriga e aventura que, ao mesmo tempo, faz com que se vivencie intimamente os grandes questionamentos da condição humana. A lucidez e a loucura, a rejeição e o desejo, a crueldade e o amor ou o medo e a esperança são apenas algumas das fases de uma viagem ao centro das próprias entranhas, que nos obriga a rever não apenas nosso olhar interno, mas também, e principalmente, nosso olhar para fora, para o distante, para o estranho. Comparado pela crítica com as obras de Conrad, de Sttevenson, ou até mesmo de Lovecraft, A pele fria tornou-se uma revelação literária, um êxito notável entre os leitores. A força narrativa e a originalidade deste primeiro romance de Albert Sánchez Piñol tornaram sua publicação um fenômeno literário.