Originariamente confeccionado como tese de doutorado para o Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, este trabalho foi, desde sua defesa, alvo de enfática acolhida, não tendo sido poucos os comentários referentes: seja à originalidade de seus argumentos, seja ao oportuno convite que formula para um reexame dos fundamentos éticos, políticos e doutrinários em que se alicerça o direito de greve. Por esses motivos, cuida-se de leitura obrigatória para todos os que se interessam pelos rumos do direito constitucional do trabalho – em especial pelo direito de greve –, bem como por aqueles que se disponham a devotar um olhar atento às recentes e contínuas transformações do mundo do trabalho em nossos dias. Tempos em que os silenciosos apelos das redes sociais podem soar mais alto que os estridentes ruídos dos carros de som proibidos por certa “tutela jurisdicional”. Gestores de RH, advogados, sindicalistas e empresários, para os quais conflitos são coessenciais às relações de trabalho, encontrarão nesta mais recente obra de Jorge Boucinhas um roteiro instigante para o reexame das relações entre greve e jurisdição. Antonio Rodrigues de Freitas Júnior