"O livro de Luísa de Marillac revela de saída, a subjetividade curiosa a que alude Paulo Freire para designar a intervenção inteligente na objetividade do mundo com a disposição rebelde para transformá-lo. Tal como Freire, Luisa procurar resgatar o Direito de seus rituais mistificantes - togas, capas e anéis -para engajá-lo numa pedagogia de autonomia, fazendo-se, por meio dele, sujeito de ocorrências. Com efeito, o trabalho de Luisa de Marillac tem como ponto de partida, com apoio em autores como Paulo Freire e seu próprio orientador acadêmico Luis Alberto Warat, o intuito de impregnar o direito de força educadora para concretizar expectativas de inclusão social igualitária. A autora nos propõe, assim, de forma metafórica, e com rara abertura epistemológica para articular formas de conhecimento (ciência, filosofia, literatura, música) uma trajetória -viagem - dialógica para repensar o Direito tendo como horizonte de destino a sua representação como prática emancipatória, isto é, o Direito como liberdade".